A eliminação de três dos seis times brasileiros na fase de grupos da Copa Libertadores de 2014 mostra o quanto ainda temos de evoluir. Se normalmente têm muito mais qualidade técnica, recursos humanos, estrutura e, principalmente, dinheiro, falta à maioria dos nossos clubes preparo psicológico para suportar a pressão comum da competição continental.
Afinal, como explicar que equipes como Atlético-PR, Botafogo e Flamengo tenham sido superadas por agremiações muito menos tradicionais e preparadas como The Strongest-BOL, Unión Española-CHI e Bolívar-BOL, respectivamente? Até mesmo o Cruzeiro, atual campeão brasileiro e que se classificou, chegou a ter a vaga nas oitavas de final ameaçada. O próprio Atlético, primeiro colocado do Grupo 4, teve dificuldades em algumas partidas.
Não sei se nosso jogadores ficam inibidos com o fato de os adversários falarem outra língua, assim como os árbitros. Ou se subestimam nossos vizinho sul-americanos, não se preparando adequadamente.
Claro que muitas vezes os adversários apelam para estratégias condenáveis, como impedir o conhecimento do local dos confrontos, manter campos em péssimas condições ou não impedir que seus torcedores cuspam e atirem objetos nos adversários. Mas isso não justifica um possível fracasso. Até porque foi em casa que o rubro-negro carioca, por exemplo, mais fraquejou na atual edição da Libertadores.
No Cruzeiro, todos garantem ter tirado lições importantes da fase de grupos. Além disso, estariam fortalecidos depois de arrancarem a classificação com uma vitória em Santiago e outra no Mineirão. Vamos ver se é isso mesmo na próxima fase, quando o clube celeste vai encarar o Cerro Porteño-PAR, cuja torcida costuma ter comportamento deplorável, apelando até para as pedras na tentativa de intimidar os adversários.
Já o Atlético vai a Medellin enfrentar o Atlético Nacional-COL. Provavelmente tentará repetir a tática do ano passado de segurar o jogo lá e decidir no Independência, onde, empurrado pela torcida, mostra muita força. Se voltar a jogar bem, pode vencer ambas as partidas.
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