'Num contexto geral, falta vibração ao time. Atuações mais convincentes, principalmente de jogadores de quem muito se espera'
Kelen Cristina - Superesportes
Tags: atleticomg
Publicação:
11/04/2014 08:53
Atualização:
11/04/2014 17:57
Autuori não tem conseguido extrair as virtudes da maioria dos jogadores. A defesa está vulnerável. O meio-campo, inoperante - por mais que Pierre mostre seu espírito de luta e Guilherme seja o toque solitário de criatividade. E o ataque sofre com a falta de aproximação de seus integrantes.
Dos 16 jogos da série invicta, pode-se afirmar que apenas em quatro o Atlético fez jus a elogios - se não nos 90 minutos, em parte deles. O time teve lampejos de bom futebol no segundo tempo contra o América, pela fase de classificação do Mineiro, quando virou o jogo para 3 a 2; no empate por 2 a 2 com o Nacional, em Ciudad del Leste, em que até mereceu vencer e acabou castigado com um gol no finalzinho (em um pênalti questionável, já que a bola bateu no braço de Otamendi); nos 4 a 1 sobre o América, pela primeira partida da semifinal do Estadual, quando passeou em campo; e em boa parte do primeiro jogo da decisão do Mineiro, empate por 0 a 0 com o Cruzeiro, quando mostrou uma discreta eficiência.
Nas demais partidas, o Galo foi inodoro, incolor e insípido. Goleadas, apenas sobre equipes de menor expressão no Mineiro. Na Libertadores, mesmo diante de adversários mais fracos tecnicamente que ele, o alvinegro não se impôs como poderia e, sobretudo, deveria - como contra o próprio Zamora.
Falta um futebol mais consistente para alicerçar os resultados e alimentar a expectativa em metas mais ambiciosas. Para muita gente, no futebol vale mais ganhar do que jogar bem. Certa vez, Muricy Ramalho disse que quem quisesse ver espetáculo deveria ir ao teatro. Mas vencer e convencer talvez ainda seja o atalho mais curto rumo aos títulos.
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